Desigualdade de Gênero : As dificuldade de ser mulher no mercado de trabalho
A luta feminina das últimas décadas tem aumentado os números da participação de mulheres em setores da vida e trabalho, entretanto comparada ao sexo masculino a desigualdade ainda é notável. De certo que as discussões em pauta atualmente tem avançado nas políticas de inclusão, garantindo a elas mais leis de apoio.
Sumário
No entanto ainda há muito o que fazer, já que os problemas enfrentados pelo sexo feminino não se limitam a falta de participação no trabalho ou salários injustos.
Há uma sobrecarga tanto na vida corporativa quanto na pessoal, que envolve o cuidado com a casa e criação dos filhos, atividades essas que ainda são associadas às mulheres como obrigações de gênero.
Este artigo foi desenvolvido para o melhor entendimento da mulher no mercado de trabalho, as dificuldades enfrentadas no dia a dia e principalmente estratégias de mudança desse cenário discriminatório. Para um ambiente mais saudável, confortável e livre de desigualdade.
Mulher no Mercado de Trabalho: Principais Desafios
As mulheres no mercado de trabalho ainda enfrentam uma série de desafios, sendo o principal deles a desigualdade salarial, onde mesmo tendo a mesma formação e experiência profissional que os homens, as mulheres recebem, em média, salários menores.
A empresa de recrutamento online Catho, fez um levantamento e constatou que as mulheres ainda ganham 34% a menos quando comparadas com homens com os mesmos cargos e funções.
As desigualdades das mulheres no mercado de trabalho se sobressaem mais ainda quando são colocadas questões raciais.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Previdência em 2017, para cada R$ 100 pagos a um homem branco, uma mulher negra recebe apenas R$ 36.
Além disso, as mulheres também enfrentam dificuldades em relação à ascensão na carreira.
Muitas vezes, mulheres no mercado de trabalho acabam por ser descartadas em processos seletivos para cargos de liderança, mesmo quando possuem o mesmo nível de qualificação que os homens.
Conforme mostra a 2ª edição do estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, a presença da mulher no mercado de trabalho foi de 54,5%, enquanto homens ficam com 73,7% .
Outro desafio é a falta de políticas de conciliação entre trabalho e vida pessoal, que podem ser proporcionadas pela gestão de pessoas e lideranças dentro das empresas, tendo em vista que muitas mulheres desempenham longas jornadas de trabalho em atividades fora do ambiente corporativo, como a maternidade e o cuidado com os filhos.
Direito da Mulher
Para enfrentar essas questões, as mulheres contam com um conjunto de leis, que visam garantir a igualdade de gênero, e com o Direito da Mulher para garantir o cumprimento da legislação.
A Constituição Federal de 1988, por exemplo, prevê a igualdade de salários entre homens e mulheres para trabalhos iguais ou de igual valor.
A Lei nº 9.029/1995 proíbe a discriminação de gênero na contratação e demissão de funcionários, bem como em relação à ascensão na carreira.
O Art. 1º diz que “É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal’.
Além disso, dentro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é usado o Direito da Mulher para garantir uma série de temas para as colaboradoras.
Como a licença-maternidade de 120 dias, inclusive em casos de adoção, o direito a dois intervalos de 30 minutos para amamentação durante a jornada de trabalho e a proibição de trabalho noturno para gestantes, entre outros.
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Mulher no Mercado de Trabalho: ESG
As empresas e a gestão de pessoas têm um papel fundamental na promoção da igualdade de gênero para mulheres no mercado de trabalho.
Explicando brevemente, em 2004, após um relatório da ONU, foi criado o movimento “Who cares, wins!”, que discute sobre empresas que têm maior potencial de crescimento a partir de sua preocupação com o ESG.
ESG é uma sigla que significa, ambiental, social e governança (em inglês) e parte de sua constituição prevê a promoção da diversidade e inclusão no quadro de funcionários das empresas para que haja a presença de mais mulheres no mercado de trabalho.
Aumentar a presença feminina dentro das organizações se tornou um objetivo daquelas corporações que buscam evoluir e criar um ambiente colaborativo e com visões diferentes e posicionar com destaque a mulher no mercado de trabalho.
A inclusão de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança é uma das formas mais eficazes de promover a igualdade de gênero nas empresas.
Não apenas por questões de ESG, mas também para promover debates mais amplos e com diferentes pontos de vista na elaboração de estratégias de negócio.
Além disso, a adoção de políticas de conciliação entre trabalho e vida pessoal, como horários flexíveis e modelos de trabalho híbrido, permitem mais liberdade para as colaboradoras e estão entre os benefícios mais buscados pelas pessoas no mundo inteiro atualmente.
Como garantir o bem estar da mulher no mercado de trabalho
Garantir o bem estar da mulher no mercado de trabalho é uma tarefa que precisa ser reforçada pela gestão de pessoas e Recursos Humanos que são fundamentais nesse movimento.
O RH precisa desenvolver políticas e práticas para promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso.
Algumas práticas que podem ser adotadas pela gestão de pessoas:
- Promover a igualdade de gênero e a diversidade em todas as áreas da empresa
Desde a contratação até a promoção de funcionários, é importante ter em mente a diversidade do quadro de colaboradores. Criar grupos e coletivos de afinidade é uma ótima opção para levantar debates e ajudar a melhorar o clima organizacional.
- Oferecer políticas de flexibilidade no trabalho
Horários flexíveis, trabalho remoto e licenças para cuidados familiares são iniciativas que podem ajudar a mulher no mercado de trabalho a conciliar suas funções dentro e fora do ambiente corporativo.
Muitas colaboradoras enfrentam desafios específicos, como a dupla jornada de trabalho em razão de cuidar dos filhos e da casa, além de questões relacionadas à saúde e ao bem-estar mental.
É importante que as empresas incentivem e promovam a formação e o desenvolvimento das mulheres, para que elas possam ocupar cargos de liderança e ter mais representatividade dentro da empresa. Isso pode incluir programas de mentoria, coaching e desenvolvimento de habilidades, por exemplo.
- Benefícios corporativos
Outro fator determinante quando se pensa no bem estar da mulher no mercado de trabalho, são os benefícios corporativos.
É importante que as empresas avaliem constantemente seus benefícios e busquem oferecer opções que atendam às necessidades específicas das mulheres.
A LegalPass possui um programa de apoio jurídico para colaboradores de empresas e tem mudado a maneira como empresas lidam com o pacote de benefícios.
Nesse Programa de Apoio Jurídico, seus colaboradores terão acesso a um time de especialistas que são responsáveis por avaliar e orientar os colaboradores quando tiverem alguma dúvida ou situação jurídica que estejam enfrentando.
Por exemplo, uma colaboradora que precisa de uma orientação jurídica para um caso de pensão alimentícia ou até um divórcio, por exemplo.
A partir de uma análise de necessidades jurídicas, a colaboradora poderá resolver a questão através de contratos assinados eletronicamente.
Caso se trate de um problema jurídico em que seja necessário a representação de um advogado, a colaboradora poderá encaminhar o caso à Rede de Advogados da LegalPass e receber propostas dos profissionais gratuitamente e escolher qual advogado mais se adequa ao seu caso (e ao seu orçamento).
Como aplicar o Direito da Mulher no Ambiente de Trabalho
Mesmo munido de informações, muitas vezes, os Recursos Humanos podem ter dúvidas no momento de aplicar, na prática, o Direito da Mulher dentro das empresas para garantir uma maior equidade da mulher no mercado de trabalho.
O benefício de auxílio jurídico não ajuda somente os colaboradores como também traz ferramentas ao RH, que tem direito a tirar dúvidas, acesso a conteúdos informativos da plataforma e materiais que ajudam a entender os problemas atuais que impactam diretamente as empresas.
Dessa forma auxiliando suas colaboradoras para um melhor ambiente de trabalho, mais seguro e amparado dos direitos à mulher.
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