Pesquise um assunto específico

O que nunca te contaram sobre o direito à pensão por morte

o-que-nunca-te-contaram-sobre-o-direito-a-pensao-por-morte. Imagem de duas mulheres apertando as mãos e um contrato em cima da mesa.

Saiba como funciona e quais são os requisitos para a pensão por morte.

 

 

O direito à pensão por morte é um dos benefícios que podem ser recebidos pelos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Como o próprio nome revela, não é um benefício esperado, tendo em vista que só há a sua concessão para dependentes, quando há o falecimento de um parente próximo.

 

A Lei nº 8.213/91, que dispõe dos planos de benefícios da Previdência Social, é a responsável por fornecer amparo legal para os beneficiários, com previsão no Art. 74 em diante para quem possui direito à pensão por morte. 

 

Sendo assim, trata-se de uma garantia para que os dependentes mantenham seu sustento, por meio da remuneração continuada pelo INSS. Se você ainda tem dúvidas sobre quais são os requisitos para ter direito à pensão por morte, preparamos um artigo completo com informações que, provavelmente, nenhum advogado te contou – mas nós contamos. Acompanhe a leitura e confira a seguir: 

 

O que caracteriza o direito à pensão por morte?

 

O requisito para ter direito à pensão por morte é ser dependente do segurado que faleceu. De acordo com o Art. 16 da Lei nº 8.213/91, é possível caracterizar como dependente todas as pessoas que necessitam, em termos financeiros, do contribuinte, como por exemplo: 

 

  • Cônjuges: o (a) companheiro (a) precisa comprovar, por meio de documentação, a existência casamento ou união estável no período em que o segurado faleceu;
  • Filhos: em regra, eles devem ser menores de 21 anos de idade. Se, porém, o filho do contribuinte que faleceu tiver algum grau de deficiência e/ou invalidez, não há limitação de idade para receber a pensão. O enteado pode ser equiparado ao filho, havendo declaração de que existe dependência.
  • Pais: Podem receber o benefício caso sejam dependentes do filho.
  • Irmãos: da mesma forma, é preciso comprovar que existe dependência financeira, com a mesma regra dos filhos, em que devem ser menores de 21 anos de idade.

 

Vale destacar também que vários aspectos precisam ser considerados, tais como: parentesco, idade do filho, se o indivíduo é casado ou divorciado, entre outros. 

 

Nos casos de cônjuges e filhos menores de 21 anos (não emancipados), não é necessário comprovar para o INSS que existe dependência, posto que a mesma é presumida. Sendo assim, a prova é necessária apenas para apresentar o grau de parentesco. 

 

Como funciona a pensão por morte rural?

O direito à pensão por morte também é válido para pessoas que moram em áreas rurais. No que se refere às regras, são as mesmas que a da pensão por morte urbana, com a diferença apenas do valor do benefício. Isso porque, após a Reforma da Previdência, a quantia a ser recebida pelos dependentes do segurado permanece sendo de um salário mínimo. Em outras palavras, se o salário mínimo é de R$ 1.302,00 e há dois dependentes na mesma família, cada um receberá a quantia de R$ 651,00. 

 

O companheiro divorciado recebe pensão por morte?

 

Uma dúvida que pode surgir é no caso de separação ou divórcio antes do falecimento do segurado. Nessas circunstâncias, o cônjuge também pode ter direito ao benefício, mas apenas se recebiam antes a pensão alimentícia. Outra situação que lhes dá o direito à pensão por morte é ao voltar a morar com o companheiro como um casal.  

 

Fique por dentro de tudo sobre o direito à pensão por morte: encontre um advogado de confiança agora mesmo!

 

Ainda ficou com dúvida?

Assine o LegalPass e fale com um especialista agora mesmo.

 

Quais são as condições para receber a pensão por morte?

 

Um ponto que merece atenção é que existem requisitos, previstos em lei, necessários para receber a pensão por morte. Essas condições são divididas em três, entre as quais é possível citar: 

 

Comprovação de morte presumida

Em primeiro lugar, é necessário comprovar que houve a morte presumida do segurado a partir da apresentação de um atestado de óbito. Além disso, também é possível evidenciar a partir de declaração de morte pela Justiça, em casos de mais de 6 meses desaparecimento.

 

Apresentação da qualidade de segurado

Outro requisito legal para ter direito à pensão por morte é comprovar que no momento do falecimento, o segurado apresentava a qualidade de segurado. É necessário, portanto, que ele esteja trabalhando, aposentado ou em período de graça no INSS (tempo em que não está trabalhando mas mantém a qualidade de segurado, que geralmente, é de 12 meses). 

 

Quem está desempregado de forma involuntária, tem direito a 36 meses de qualidade de segurado, mediante a comprovação no Ministério do Trabalho e Previdência Social. 

 

Além disso, mesmo que o segurado não se inclua em nenhuma dessas alternativas, se ele preencher os requisitos para entrar em alguma das modalidades de aposentadoria, seus dependentes terão direito à pensão por morte.

 

Atestar a qualidade de dependente

Por último, mas não menos importante, o terceiro requisito para ter direito à pensão por morte é comprovar a qualidade de dependente do segurado. Nesta circunstância, é preciso levar em consideração o grau de parentesco, bem como a documentação necessária para cada um. No caso de filhos, por exemplo, é preciso apresentar cópia de RG e certidão de nascimento. 

 

Já no que se refere aos cônjuges, a cópia de certidão de nascimento deve ser incluída.

 

Quer saber mais sobre os requisitos legais para ter direito à pensão por morte no seu caso em específico? Entre em contato com advogado especialista em Direito Previdenciário!

 

Quando é o início e término de recebimento da pensão por morte?

 

É possível se questionar se existe um prazo para solicitar a pensão por morte, mas a resposta é não. A única questão aqui é que quanto antes você fizer o requerimento, logo será possível ter acesso ao benefício e possíveis retroativos. Isso porque, o direito à pensão por morte tem validade a partir do dia: 

 

  • Do óbito – quando houver o pedido em até 90 dias depois;
  • Requerimento – quando houver o pedido após 90 dias do óbito;
  • Decisão judicial – se houver morte presumida;
  • Do acontecimento – se houver algum desastre ou acidente. 

 

Qual é a data do término?

Já no que se refere a duração da concessão do benefício, a definição ocorre a partir do tempo de contribuição da pessoa falecida e a idade dos dependentes. Deve-se levar em consideração sempre os critérios de prioridade, como o companheiro, filhos e pais. Essa regra é regulamentada pela Lei nº 13.135/2015, que veio alterar a vitaliciedade da pensão por morte.

 

Neste caso, os segurados que acumulam mais de 18 contribuições na data do óbito, garantem ao companheiro um período maior, que varia conforme a idade do dependente principal. Veja como funciona:

 

  • Menor de 22 anos: 3 anos
  • Entre 22 e 27 anos: 6 anos
  • Entre 28 e 30 anos: 10 anos 
  • Entre 31 e 41 anos: 15 anos
  • Entre 42 e 22 anos: 20 anos
  • 45 anos ou mais: tempo vitalício

 

No que se refere aos filhos, equiparados (enteados e tutelados) e irmãos, a duração da pensão será de até os 21 anos de idade, exceto nos casos de pessoas com deficiência.

 

O que mudou para o benefício depois da Reforma da Previdência?

 

Após a Reforma da Previdência, o benefício de pensão por morte sofreu algumas mudanças, o que inclui o cálculo do valor que o beneficiário deve receber. Veja mais abaixo:

 

  • Segurado que era aposentado: tem como direito receber 50% do valor da aposentadoria somado a 10% para cada dependente (com limite de 100%).
  • Segurado que não era aposentado: neste caso, o INSS calcula a quantia que representaria o auxílio por incapacidade permanente do segurado. Sendo assim, considera-se 60% da média do total de contribuições + 2% para cada ano de contribuição ao INSS que ultrapassar 15 anos (para mulheres) e 20 anos (para homens). A partir desse valor, aplica-se a regra de cota de 50% somado a 10% para cada dependente.

 

Observação! Caso o falecimento do segurado seja devido a um acidente de trabalho ou se o mesmo tiver algum tipo de deficiência (física, mental ou intelectual), a aplicação das cotas é sobre 100% da média salarial. 

 

Simule o valor da pensão por morte agora mesmo: encontre um advogado especialista em Direito Previdenciário. 

 

É possível acumular aposentadoria com pensão por morte?

A resposta é sim! De acordo com os novos requisitos presentes no direito à pensão por morte, permanece sendo válido o acúmulo com a aposentadoria. Além disso, outros benefícios, como por exemplo o  auxílio-reclusão e auxílio-acidente também podem ser reunidos.

 

Existe, porém, uma limitação que reduz o valor do benefício. Sendo assim, o segurado recebe a quantia mais vantajosa e apenas uma parte do benefício que tiver menor valor – essa porcentagem dependerá, portanto, do total do benefício. 

 

Quais são os documentos necessários para fazer o requerimento?

 

Os documentos necessários para ter direito à pensão por morte são:

 

  • Certidão de óbito do segurado (constando dia e causa da morte, dados pessoais, a existência de filhos, cônjuges ou outros dependentes, entre outros) ou sentença de declaração de morte presumida;
  • Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT), em situações de morte por acidente de trabalho;
  • Documentos que atestem a condição de dependência – eles podem variar para filhos, companheiros, irmãos e pais. No caso dos cônjuges, por exemplo, devem apresentar certidão de casamento ou união estável. Os filhos até 21 anos só precisam de certidão de nascimento e RG. Os pais, por sua vez, precisam apresentar tudo que atesta dependência financeira, como extratos bancários, por exemplo. Por fim, irmãos de até 21 anos de idade, precisam apresentar documentos que atestam a dependência financeira.
  • Documentos pessoais, como RG e/ou CPF com fotos do dependente e segurado;
  • Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), carteira de trabalho ou outros documentos que comprovem a qualidade de segurado do falecido;
  • Entre outros. 

 

Como dar entrada na pensão por morte?

 

Quem quiser fazer o requerimento da pensão por morte pode se dirigir até uma agência física do INSS mais próxima ou ligar pelo número 135. Além disso, também possível dar entrada ao acessar o site e/ou aplicativo “Meu INSS” e fazer o seguinte passo a passo:

 

  1. Faça o login no site (caso ainda não tenha, faça um cadastro);
  2. No menu inicial, clique na opção “pensão”;
  3. Em seguida, aparecerão os botões “pensão por morte rural” ou “pensão por morte urbana”. Acesse a opção de sua preferência.
  4. Atualize os dados de seu cadastro – A dica é aproveitar este momento para corrigir possíveis falhas nas suas informações pessoais.
  5. Agora, você deve conferir as regras, confirmar os dados, preencher as solicitações e anexar os documentos de comprovação. 

 

Pelo próprio site é possível acompanhar como está o andamento do pedido, que receberá avaliação minuciosa pelos profissionais do INSS. Vale destacar que, de acordo com a legislação, o INSS tem o dever de disponibilizar a pensão por morte em até 45 dias após o pedido. 

 

Lembre-se que ao longo deste processo, um advogado qualificado na área de Direito Previdenciário pode te orientar em todo o passo a passo, desde a escolha de documentação, até o requerimento na prática.

 

Qual é o prazo para pedir revisão da pensão por morte?

 

Em alguns casos, é possível pedir revisão da pensão por morte. Neste cenário, a depender do tempo que se passou após o início do recebimento do benefício, ele pode sofrer a decadência. Isso quer dizer que há a perda de um direito porque o beneficiário não correu atrás.

 

Sendo assim, nas circunstâncias em que há revisão da pensão por morte, o prazo de decadência é de 10 anos, a partir da data de atribuição do benefício. Se for comprovado que houve erro no cálculo, é possível receber o valor retroativo dos últimos 5 anos que se passaram. 

 

Quer requerer o direito à pensão por morte? Consulte um advogado de confiança! 

 

Por fim, o objetivo deste artigo é trazer um panorama geral sobre o direito à pensão por morte. Embora nunca seja fácil perder um ente querido, é importante se atentar para os seus direitos e buscá-los de forma adequada. Então, se você quer dar entrada no requerimento do seu benefício, nós podemos te ajudar! 

 

O Mercado Legal conta com uma série de advogados qualificados na área de Direito Previdenciário. Eles poderão te dar todo o suporte necessário para requerer o benefício, de acordo com seus direitos. Ao longo desse processo, buscamos facilitar o acesso à Justiça, contribuindo por meio de um trabalho com ética e profissionalismo, para fazer cumprir seus direitos como cidadão.

 

Acesse nossa plataforma e resolva suas questões jurídicas!

 

Veja também:  

Aposentadoria do INSS: conheça os tipos e requisitos

Licença nojo: tudo que você precisa saber sobre esse direito

Experimente a paz de uma vida jurídica simplificada com o LegalPass.

Enfrente questões legais com mais confiança e menos estresse. Faça sua assinatura LegalPass e experimente os recursos jurídicos mais inteligentes.

Compartilhe nas redes sociais

Artigos mais acessados

Lei da saúde mental

Lei da Saúde Mental: Oportunidades e Desafios para o RH das Empresas Descubra como se preparar para a nova legislação de saúde mental e transforme o ambiente de trabalho. BAIXAR AGORA Prepare sua empresa para a Lei nº 14.831/24 com o nosso eBook exclusivo. Obtenha insights sobre as melhores práticas…

Equidade

Estratégias para Fortalecer os Direitos das Mulheres no Local de Trabalho Descubra como transformar o ambiente corporativo com práticas que promovem a igualdade de gênero e fortalecem os direitos das mulheres. BAIXAR AGORA Este ebook apresenta um guia completo para empresas e profissionais que desejam criar um ambiente de trabalho…

Guia Definitivo para Minimizar Riscos Trabalhistas na Contratação de PJ

Guia Definitivo para Minimizar Riscos Trabalhistas na Contratação de PJ Baixe nosso ebook gratuito e entenda as novas regulamentações e práticas essenciais para contratar prestadores de serviço sem comprometer a segurança jurídica da sua empresa. BAIXAR AGORA No atual cenário de negócios, a contratação de profissionais como Pessoa Jurídica (PJ)…

Guia Completo da Lei 14.611/2023 para o RH: Igualdade Salarial em Ação!

Guia Completo da Lei 14.611/2023 para o RH: Igualdade Salarial em Ação! Descubra como implementar a nova legislação e promover a igualdade salarial na sua empresa! BAIXAR AGORA A Lei 14.611/2023 trouxe mudanças significativas para o mercado de trabalho brasileiro, estabelecendo critérios claros para a igualdade salarial entre homens e…

Ainda ficou com dúvida?

Assine o LegalPass e fale com um especialista agora mesmo.

Publicações relacionadas

Qual a sua dúvida?

Clicando no botão abaixo sua mensagem aparecerá no WhatsApp e você precisa enviá-la ao advogado escolhido. Em seguida o profissional dará continuidade ao seu atendimento por lá.

[rs-search-form type="full"]
Filtros
[rs-search-form type="full"]
Como foi sua experiência com este advogado?
5/5
[rs-comment-form]